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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O Homem não apaga aquilo que Deus escreveu

Nota do blog:
"É por isso que não aceito a justificativa de que pobreza leva à vagabundagem, à malandragem, à droga. O exemplo dessa mulher é simplesmente fantástico."
 
Ex-catadora de latas passa em concurso do TJ

"Venci", diz ex-catadora de latinhas que passou em concurso do TJ. Marilene Lopes trocou renda mensal de R$ 50 por salário de R$ 7 mil. "Passei um ano com uma só calcinha", lembra a hoje técnica judiciária

Uma catadora de latinhas do Distrito Federal conseguiu passar em um concurso de nível médio do Tribunal de Justiça estudando apenas 25 dias. Com isso, ela trocou uma renda mensal de R$ 50 por um salário de R$ 7 mil. “Foi muito difícil. Hoje, contar parece que foi fácil, mas eu venci”, afirma. Agora, ela diz que pensa em estudar direito.
Sem dinheiro nem para comprar gás e obrigada a cozinhar com gravetos, Marilene Lopes viu a vida dela e a da família mudar em 2001, depois de ler na capa de um jornal a abertura das inscrições para o concurso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
"Nunca tinha nem fruta para comer. Eu me lembro que passei um ano com uma só calcinha. Tomava banho, lavava e dormia sem, até secar, para vestir no outro dia. Roupas, sapato, bicicleta [os filhos puderam ter depois da aprovação no concurso.Nunca tive uma bicicleta." (Marilene Lopes, ex-catadora de latinhas que hoje trabalha no TJDF)
Ela, que até então ganhava R$ 50 por mês catando latinhas em Brazlândia, a cerca de 30 quilômetros de Brasília, decidiu usar os 25 dias de repouso da cirurgia de correção do lábio leporino para estudar com as irmãs, que tinham a apostila da seleção. Apenas Marilene foi aprovada.
“Minha mãe disse que, se eu fosse operar, ela cuidava dos meninos, então fui para a casa dela. Minha mãe comprou uma apostila para as minhas irmãs, aí dei a ideia de formarmos um grupo de estudo. Íamos de 8h às 12h, 14h às 18h e de 19h às 23h30. Depois eu seguia sozinha até as 2h”, explica.
O esforço de quase 12 anos atrás ainda tem lugar especial na memória da família. Na época, eles moravam em uma invasão em Brazlândia.
Marilene já havia sido agente de saúde e doméstica, mas perdeu o emprego por causa das vezes em que faltou para cuidar das crianças. Como os meninos eram impedidos de entrar na creche se estivessem com os pés sujos, ela comprou um carrinho de mão para levá-los e aproveitou para unir o útil ao agradável: na volta, catava as latinhas de alumínio.
Segundo ela, a situação durou um ano e meio, e na época a família passava muita fome. “Nunca tinha nem fruta para comer. Eu me lembro que passei um ano com uma só calcinha. Tomava banho, lavava e dormia sem, até secar, para vestir no outro dia. Roupas, sapato, bicicleta [os filhos puderam ter depois da aprovação no concurso]. Nunca tive uma bicicleta”, conta.
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Ex-catadora de latinhas Marilene Lopes e os filhos em frente ao barraco em que moravam em uma invasão em Brazlândia, no Distrito Federal (Foto: Marilene Lopes/Arquivo pessoal)

Mesmo para se inscrever na prova Marilene, que é técnica em enfermagem e em administração, encontrou dificuldades. Ela lembra ter pedido R$ 5 a cada amigo e ter chegado à agência bancária dez minutos antes do fechamento, no último dia do pagamento. E o resultado foi informado por uma das irmãs, que leu o nome dela no jornal.
 “Tinha medo [de não passar] e ao mesmo tempo ficava confiante. Sabia que se me dedicasse bem eu passaria, só precisava de uma vaga”, diz. “Dei uma flutuada ao ver o resultado. Pedi até para minha irmã me beliscar.”
Ganhando atualmente R$ 7 mil, a técnica judiciária garante que não tem vergonha do passado e que depois de formar os cinco filhos pretende ingressar na faculdade de direito. “Mesmo quando minhas colegas passavam por mim com seus carros e riam ao me ver catando latinhas com o meu carrinho de mão eu não sentia vergonha. E meus filhos têm muito orgulho de mim, da nossa luta. Eles querem seguir meu exemplo.”
Marilene já passou pelo Juizado Especial de Competência Geral, 2ª Vara Cível, Órfãos e Sucessões de Sobradinho, 2ª Vara Criminal de Ceilândia, 12ª Vara Cível de Brasília e Contadoria. A trajetória dela inspira os colegas. Por e-mail, o primeiro chefe, o analista Josias D’Olival Junior, é só elogios. “A sua história de vida, a sua garra e o seu caráter nos tocavam e nos inspiravam profundamente.”
A técnica afirma ainda que não se arrepende de nada do que passou, nem mesmo de ter tido cinco filhos – como diz terem comentado amigos. “Ainda hoje choro quando me lembro de tudo. Eu não tinha gás e nem comida e não ia falar pra minha mãe. Se falasse, ela me ajudaria, mas achava um abuso. Além de ficar 25 dias na casa dela, comendo e bebendo sem ajudar nas despesas, ainda ia pedir compras ou o dinheiro para o gás? Ah, não. Então assim, quando passei, foi como se Deus me falasse ‘calma, o deserto acabou’.”
Da época de catar latinhas, Marilene diz que mantém ainda a qualidade de ser supereconômica. Ela afirma que não junta mais alumínio por não encontrá-los mais na rua. “As pessoas descobriram o valor, descobriram que dá para vender e juntar dinheiro”. Já as irmãs com quem estudou, uma se formou em jornalismo em 2011 e outra passou quatro anos depois no concurso do TJ de Minas Gerais, e foi lotada em Paracatu.

Dificuldades

O primeiro problema enfrentado por Marilene veio na posse do concurso. A cerimônia ocorreu três dias após o nascimento do quinto filho, em um parto complicado. A médica não queria liberá-la para a prova, mas só consentiu com a garantia de que ela voltaria até 18h30. Por causa do trânsito, a catadora se atrasou em uma hora.
“A médica chamou a polícia dizendo que eu tinha abandonado meu filho. É que eu estava de alta, mas o bebê não, e ele precisava tomar leite no berçário enquanto eu estivesse fora”, lembra. “A enfermeira ligou para a polícia do hospital e explicou a situação e aí pararam de me procurar. A médica me deixou com o problema e foi embora, no término do plantão dela.”
Resolvida a situação, Marilene e a família viveram bem até 2003, quando o marido resolveu sair de casa. O homem, que já havia sido preso por porte ilegal de arma, havia “se deslumbrado” com a situação econômica da mulher. A casa e o carro comprados a partir do salário do tribunal precisaram ser divididos.
Atualmente, ela mora com os filhos na casa de um amigo, na Estrutural, enquanto aguarda a entrega de um apartamento de três quartos em Águas Claras. Marilene tem uma moto e, junto com uma das irmãs, está pagando um consórcio para comprar um carro zero.

fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/10/ex-catadora-latas-passa-concurso-tj.html

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

CONAE: Fátima defende federalização do piso do magistério

Foto de Fátima Bezerra.
Durante sua palestra no colóquio 6.9, que discutiu o pacto federativo e o piso salarial dos professores da educação básica, na II Conferência Nacional de Educação – CONAE, a deputada Fátima Bezerra defendeu, nesta sexta-feira (21), a federalização do piso do magistério e o cumprimento da Lei do piso dos professores.
Segundo Fátima, é preciso criar um pacto federativo do piso do magistério, para avançar na distribuição das responsabilidades dos entes federativos. “O novo Plano Nacional de Educação (PNE), na meta 17, estabelece melhorias para o magistério brasileiro. Diante das dificuldades e das limitações que a maioria dos estados e municípios vivem, a União precisa ampliar sua participação financeira, para que a meta 17 seja cumprida. Se nós fomos capaz de criar o FUNDEB, por que não somos capaz de criar um pacto federativo, dentro de um regime de cooperação técnica e financeira entre os entes federados, conforme estabelece a própria constituição?”, defendeu.
“O próprio PNE coloca que a vigência do primeiro ano do plano tem que ser constituído um fórum com a representação da União, Estados, Municípios e os trabalhadores em educação. Nós estamos querendo , agora, regulamentar o sistema articulado de educação, que passa pelo regime de cooperação entre os entes federados”, completou.
Fátima sugeriu que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que tem sido um impeditivo para que gestores não paguem o piso por conta do limite prudencial, seja reajustada. " A LRF não pode está acima de constituição. Ela precisa ter mais flexibilização no que diz respeito as áreas de saúde e de educação, para preservar o direito da população”, afirmou.
Fátima declarou ainda que os jovens querem continuar sendo professores, mas o país precisa dar a estes jovens dignidade e melhores atrativos na carreira. "O nosso maior desafio é o cumprimento da Lei do Piso, tanto no que diz respeito a remuneração, como na jornada de trabalho. A valorização dos professores e a qualidade do ensino, associada a bons salários, iniciará com este pacto", afirma.
Fátima também relembrou os avanços educacionais que o Brasil obteve nos últimos 12 anos, como a aprovação da Lei dos Royalties, que destina 75% dos royalties do petróleo para educação, bem como 50% do fundo social do pré-sal para educação, associada aos 10% do PIB para educação, conforme estabeleceu o novo Plano Nacional de educação, sancionado pela presidenta Dilma, em julho deste ano.
Fique por Dentro
A II Conferência Nacional de Educação – CONAE, realizada em Brasília. Neste ano, o tema central da conferência será o PNE na articulação do sistema nacional de educação. O evento que segue até o dia 23 de novembro, na capital federal, reunirá mais de 4 mil participantes dos 26 estados e do Distrito Federal que discutirão o desenvolvimento da educação nacional. O Rio Grande do Norte está presente com uma delegação de mais de 40 delegados.
“Temos certeza que sairemos da CONAE com deliberações para avançamos na realização das metas do novo Plano Nacional de Educação (PNE), com vistas a mais creches, mais escolas técnicas, mais ensino superior, mais educação em tempo integral e na agenda de valorização salarial e profissional dos trabalhadores em educação”, declarou Fátima Bezerra

Professores da rede estadual ameaçam iniciar 2015 com greve caso seja mantido o retrocesso na carga horária



Créditos: (Arquivo) - Foto: Lenilton Lima

Em assembleia realizada na tarde dessa terça-feira (18), os professores da rede estadual de ensino deliberaram pela não aceitação da recomendação do Ministério Público à SEEC que solicita a mudança na carga horária e ameaçam iniciar 2015 com greve.
De acordo com a pedido do MP, o cálculo da jornada de trabalho passa de hora aula para hora relógio, o que configura como um enorme retrocesso para todos os professores.
A coordenadora geral do SINTE/RN, Fátima Cardoso, afirma que a categoria não vai aceitar a recomendação do Ministério Público: “Não vamos aceitar (a recomendação) neste ano, tampouco no próximo ano e/ou no próximo Governo”.
Para discutir o assunto, uma nova assembleia foi marcada para o primeiro dia do ano letivo de 2015.

NOTA DO BLOG:
 "Estive presente em quase todas as assembleias dos trabalhadores em educação, em algumas contribuindo com o uso do microfone e, dentre outros aspectos, o  mais preocupante hoje é a pouca participação da categoria.É visível a fuga à luta, o cruzar os braços, o não acreditar em avanços. Estou em sala de aula (Natal e Lajes) e percebo a desesperança, a insatisfação generalizada. Intervalo em sala dos professores virou espaço de estresse, infelizmente".

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

meteorologia

O final de ano pode ser de chuvas regulares no Rio Grande do Norte, principalmente nos municípios do interior do Estado, conforme previsão de tempo da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn). O motivo seria a combinação de alterações no Oceano Atlântico norte e a ocorrência de uma frente fria nas regiões Sul e Sudeste, que favoreceria a ocorrência de chuvas sobre a região, sobretudo entre a segunda quinzena de dezembro e a de janeiro de 2015.
Segundo o meteorologista da Emparn, Gilmar Bistrot, essa possibilidade de chuvas deve ser benéfica principalmente para os municípios mais castigados pela seca, mas, ainda assim, não serão em uma quantidade que possa resolver o problema na região, o que é esperado pelos moradores do interior. Ele explicou ainda que os ventos em todo o Estado também não devem ser fortes e que a umidade relativa do ar deve ficar na casa dos 20%.
“Pelo que observamos até o momento, é possível sim que ocorram chuvas no final de ano, mais para o interior e principalmente durante a segunda quinzena de dezembro, mas ainda é uma estimativa. Isso porque há uma tendência, proporcionada pela frente fria que vem do atlântico norte, que contribui para o deslocamento prematuro de zonas de convergência e a frente fria que vem do sul do continente, o que é normal neste período. Mas só podemos dizer algo sobre o próximo ano, com segurança, a partir de meados de dezembro”, explicou.
Gilmar afirmou também que a umidade do ar neste período pode provocar clima de deserto em várias regiões do Rio Grande do Norte, como no Seridó, onde pode atingir o patamar de apenas 20%. Isso, somado a temperaturas altas durante o dia e amenas à noite, darão um efeito maior em municípios como Caicó, por exemplo.
“Nesses casos, geralmente, temos dias com até 35 graus de temperatura e noites mais agradáveis, variando entre 20 e 23 graus, o que geram esse clima desértico e que pode provocar problemas de saúde em pessoas mais sensíveis. Sem contar com a questão dos ventos, que não estão muito fortes como em outras épocas do ano”, falou.
O meteorologista explicou ainda que a previsão de chuvas para este ano, que poderiam minimizar os efeitos da seca que atinge o interior do Rio Grande do Norte, não se concretizou conforme o esperado, ficando dentro da média de anos anteriores. As poucas chuvas ocorridas não foram suficientes para que as pessoas pudessem armazenar água em uma quantidade maior, intensificando o problema.
“Não foi possível armazenar a água necessária para tentar minimizar o problema porque as chuvas que atingiram a região não tiveram a intensidade aguardada e as que caíram foram absorvidas rapidamente pelo solo seco, sem possibilidade de reserva, infelizmente. O jeito é rezarmos para que o próximo ano seja diferente e tenhamos mais chuvas, suficiente para melhorar a qualidade de vida dos moradores do interior”, afirmou.

governabilidade

Robinson vai conversar com deputados e já deve assumir com maioria na ALRN

Governador eleito tentará conseguir adesões para seu governo uma vez que não elegeu maioria na Casa


O governador eleito do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), irá à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte nesta semana, provavelmente na próxima quarta-feira, para uma visita de cortesia aos deputados. Assim como com os demais órgãos do Estado, a exemplo do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Ministério Público, visitados na semana passada, o governador eleito quer manter uma boa relação com o Poder Legislativo Estadual.
56i6i33i67iAo chegar à Casa que presidiu por quatro vezes – o recorde – Robinson irá encontrar um Parlamento que vive a expectativa de saber qual será, oficialmente, o tamanho da bancada governista, a que dá apoio ao governo. Além disso, o futuro chefe do executivo também respirará um pouco o clima de debates internos sobre a sucessão da Mesa Diretora da Casa, que será eleita em fevereiro pelos próprios parlamentares, após a posse de eleitos e reeleitos.
O governador eleito se encontrava, ainda nesta manhã, em São Paulo, segundo informações repassadas à reportagem por integrante da equipe de transição governamental. A vinda do futuro chefe do executivo estadual para Natal estava prevista para esta terça-feira. Em São Paulo, Robinson descansou com a família, com direito a uma aparição no programa Teleton, do SBT, apresentado por Silvio Santos, avô do neto de Robinson, fruto do relacionamento entre o deputado federal Fábio Faria e a apresentadora Patrícia Abravanel, filha do dono do SBT.
Nos bastidores, especula-se que a bancada de Robinson na Assembleia Legislativa poderá chegar ao número de 16, de 24 parlamentares. Ao menos 14 deputados já estariam certos de compor a base governista, oito além dos que já fazem parte. Os parlamentares eleitos ou reeleitos que apoiam a gestão Robinson Faria são José Dias (PSD), Galeno Torquato (PSD), Dison Lisboa (PSD), Fernando Mineiro (PT), Cristiane Dantas (PC do B) e Carlos Augusto Maia (PC do B). No segundo turno, aderiram a Robinson os deputados Gustavo Carvalho (PROS) e José Adécio (DEM). Ainda não se sabe quem são os oito deputados que passariam a integrar a bancada de 16 deputados.
MESA DIRETORA
Embora tenha anunciado que não irá se meter na briga pelo comando da Assembleia, Robinson também visitará a Assembleia sob os ares de discussões sobre a sucessão na Presidência da Casa. Nos bastidores, correm as candidaturas do atual presidente, Ricardo Motta (PROS), como também dos deputados Gustavo Carvalho (PROS) e José Adécio (DEM). Nomes como o do novato Galeno Torquato e o do deputado eleito Álvaro Dias (PMDB), que já presidiu a AL, também são especulados.
A eleição para os cargos da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, sobretudo de presidente daquele poder, só vai acontecer em fevereiro, quando da posse dos novos deputados estaduais eleitor no dia 5 de outubro deste ano. Até lá muitas conversas e negociações acontecerão com foco num dos cargos mais cobiçados pelos deputados estaduais. Para o governo Robinson, é importante ter não apenas uma boa bancada governista na Casa, mas, sobretudo, um bom relacionamento institucional. Afinal de contas, é a AL quem dá a última palavra em termos de aprovação de projetos do executivo estadual.

DENGUE, UMA AMEAÇA CONSTANTE

  Com a estação chuvosa é preciso estarmos atentos e cuidarmos para que o Aedes aegypti🦟 não nasça.  Esse é o mosquito que transmite dengue...